Perguntas Frequentes

O “magnetismo” é um assunto que fascina muita gente. Somos fabricantes e importadores de equipamentos magnéticos e eletromagnéticos e de ímãs permanentes. Nosso foco de atuação é a indústria, mas atuamos também na revenda. Mas, muitas das visitas que recebemos em nosso site são de estudantes que buscam informações sobre este vasto assunto.
Assim, com o intuito de ajudar ao público variado de visitantes e aos clientes, decidimos criar esta página adicional em nosso site. Abaixo, resumimos algumas das perguntas mais frequentes referentes a ímãs, magnetismo, equipamentos magnéticos, etc.
Por fim, vale mencionar que o texto abaixo não guarda um rigor físico apurado, ao contrário, procuramos simplificar o assunto para torna-lo mais didático.


Perguntas Frequentes sobre Ímãs

Como identificar os polos de um imã?

Existem vários métodos simples que podem ser utilizados para identificar os polos norte e sul de um ímã:

O método mais simples, obviamente, é a utilização de um segundo ímã que já tenha um polo marcado. O polo norte do imã marcado vai ser atraído pelo polo sul do outro ímã.

Pegue uma quantidade par de ímãs e insira um barbante no meio deles deixando-os pendurados de forma que possam girar livremente. O polo norte dos imãs irá eventualmente se posicionar em direção ao norte. Esse “comportamento magnético” na verdade contradiz a teoria de que os polos opostos de atraem (ou os polos iguais se repelem), mas isto se explica por que a denominação das polaridades de um ímã (norte / sul) vem de antigamente quando os polos eram chamados de “north-seeking” and “south-seeking” (o polo que buscava o polo sul era o polo norte e vice versa). Estas denominações foram abreviadas ao longo do tempo para polos “norte” e “sul”, como hoje são conhecidos/denominados.

Se você possuir uma bússola portátil, a extremidade da agulha que aponta para o norte vai ser atraída pelo polo sul do ímã.

O método mais simples e eficaz é a utilização de um dispositivo identificador de polaridade magnética. Existem vários modelos, desde os mais simples, até os sofisticados Gauss Meters (ou Gausimetros) que, não só identificam a polaridade como medem o fluxo magnético.

Um polo é mais forte do que o outro?

Não, ambos os polos, de um determinado ímã permanente, tem a mesma “força” ou campo magnético.

Qual é o tipo de ímã mais forte?

Os ímãs de Neodímio, mas precisamente o Neodímio-Ferro-Boro, são os ímãs mais fortes que existem. Dentro de cada família de ímãs permanentes existem diferentes graus, ou seja, dentre os Neodímios existe uma tabela crescente de forças.

O que significa dizer que um ímã é “magnetizado através da espessura”?

Utiliza-se a descrição “magnetizado através da espessura” para se identificar a localização dos polos dos ímãs. A espessura é sempre a última medida quando se define as medidas de um determinado ímã permanente. Por exemplo, se um bloco de ímã for descrito como sendo de 50x50x25mm, significa que a espessura é de 25mm e que os polos são as superfícies de 50x50mm.

Ímãs cilíndricos e discos podem ser magnetizados axial ou diametralmente:

Os ímãs em formato de bloco são definidos por 3 dimensões: comprimento, largura e espessura (ou altura). Para sermos consistentes definimos a espessura através do eixo de magnetização. Normalmente a espessura é a menor dimensão, mas não sempre!
Muitas vezes os clientes necessitam de blocos magnetizados através do comprimento ou da largura, o que pode ser feito. Mesmo nestes casos, quando a magnetização se dá na medida mais longa (comprimento) ou mesmo na largura do ímã, definimos esta medida como sendo a “espessura”, a fim de se manter a coerência da nomenclatura normalmente utilizada. Veja figuras abaixo.

Magnetização através da “espessura”

Anéis

Os ímãs em formato de anéis podem ser magnetizados através da espessura (*magnetização axial) ou através do diâmetro (magnetização diametral):

Magnetizados Axialmente

Magnetizados Diametralmente

Que materiais são atraídos pelos ímãs?

Os materiais ferromagnéticos são fortemente atraídos pela força magnética de um ímã, ou mesmo de um eletroímã. O aço é ferromagnético, pois sua liga é de ferro e outros materiais.

Que material pode ser utilizado para bloquear campos magnéticos?

Campos magnéticos não podem ser bloqueados, apenas redirecionados! Os únicos materiais capazes de redirecionar os campos magnéticos são os ferromagnéticos, tais como, ferro, aço, cobalto e níquel. O “grau de redirecionamento” é proporcional à permeabilidade do material. O mais eficiente “escudo magnético” é o Níquel 80, seguido pelo Níquel 50.

Existem ímãs com um só polo magnético (mono-polo)?

Não, ímãs com apenas um polo não existem! Todos os ímãs possuem ao menos 2 polos.

Existem ímãs com um polo externo e outro interno?

Discos, cilindros e esferas, não. Anéis sim e neste caso são magnetizados radialmente.

Imãs empilhados são mais fortes?

Sim, dois ou mais ímãs empilhados juntos comportam-se exatamente como se fossem um único ímã com as dimensões combinadas. Exemplo: se empilharmos dois discos de 10mm de diâmetro por 3 mm de espessura o “ímã resultante” terá as mesmas características magnéticas que um disco de 10mm de diâmetro por 6mm de espessura.

Como se mede a força de um ímã permanente?

Os medidores de campo magnético (ou Gauss Meters) são utilizados para se medir a densidade de campo magnético na superfície de um ímã. Esta é definida como campo magnético superficial e é medida em Gauss (ou Tesla).

Gauss Meter 

Como é determinada a força de atração magnética de um ímã?

A força de um ímã é normalmente medida de 3 formas distintas. O caso 1 mede a máxima força magnética de atração gerada entre um ímã e uma superfície de aço espessa e polida. O caso 2 mede a máxima força magnética de atração entre um ímã inserido entre 2 placas de aço espessas, polidas e planas.  Já no caso 3 se mede a máxima força magnética de atração entre 2 ímãs do mesmo tipo.

Um “ímã com 10Kg de força” levanta um objeto de 10Kg?

Pelo fato de os testes de atração magnética serem feitos em laboratório e em situações ideais e controladas (acabamento da superfície, ângulo de tração, etc) o resultado prático, com as reais condições, será inferior. O resultado efetivo é reduzido por um sem número de fatores, tais como: contato imperfeito entre o ímã e a superfície (ou outro ímã), tração através de direção não 100% perpendicular, espessura de material menor do que a ideal, superfícies eventualmente revestidas e outros fatores. A força magnética efetivamente sentida pela peça atraída pelo campo magnético do ímã varia muito em função destes fatores.

Qual é a “forma” do campo magnético?

O jeito mais conhecido para se visualizar a forma de um campo magnético é através da aproximação de um ímã permanente de uma superfície coberta por pó de ferro.  A imagem abaixo exemplifica o assunto de maneira clara.

O que são ímãs de Neodímio? Os ímãs de Neodímio são os mesmos que os ímãs de Terras Raras?

Os ímãs de Neodímio são membros da família dos ímãs de Terras Raras. São genericamente chamados de ímãs de Terras Raras porque o Neodímio é um membro dos elementos de Terras Raras da tabela periódica. Os ímãs de Neodímio são os ímãs mais fortes dentre os ímãs de Terras Raras e os ímãs mais fortes existentes no mundo.

De que são feitos os ímãs de Neodímio e como eles são feitos?

Os ímãs de Neodímio são compostos de Neodímio (Nd), Ferro (Fe) e Boro (B) e por isso também denominados simplesmente de NdFeB.

Os ímãs de NdFeB são produzidos pelo compactamento de ligas metálicas pulverizadas e depois são sinterizados sob ação de um forte campo magnético, que orienta os grãos internos. Possuem as melhores propriedades de todos os ímãs existentes e uma incrível relação indução magnética/peso. Embora tenham uma resistência a temperatura menor que do SmCo (Samário-Cobalto), o custo é muito competitivo.

Os ímãs de Neodímio são altamente susceptíveis à corrosão e devem, quase sempre, possuir revestimento. São normalmente niquelados, zincados ou revestidos c/ resina epoxi.

Características Gerais dos Ímãs de Neodímio

Br (remanência): de 10.400 Gauss a 14.600 Gauss

HcB (coercitividade normal): de 9.800 Oersted a 12.200 Oersted

HcJ (coercitividade intrínseca): de 11.000 Oersted a 30.000 Oersted

BHmax (max. prod. energético): de 26 MGOe a 51 MGOe

Max. temperatura de trabalho: 180° C (dependendo do grau).

Exemplos de aplicações: alto-falantes, separadores magnéticos, levantadores magnéticos, placas magnéticas, eletropermanentes, tambores magnéticos, separadores Eddy-Current, brindes, equipamentos eletrônicos.

O que significa o Grau de um determinado ímã de Neodímio?

O grau de um ímã refere-se ao Máximo Produto Energético do material magnético de que é feito o ímã. Refere-se à máxima “força magnética” que se pode atingir ou “magnetizar” o ímã. O grau dos ímãs de Neodímio é normalmente medido em unidades de milhão de Gauss Oersted (MGOe). Um ímã de grau 42 tem o Máximo Produto Energético de 42 MGOe. Resumindo de maneira genérica, quanto maior o grau de um ímã, mais forte ele será.

A tabela abaixo mostra os diversos graus de imãs de neodímio existentes no mercado.

Os ímãs de Neodímio podem ser cortados, furados ou usinados?

A liga de Neodímio-Ferro-Boro é muito dura e frágil. Assim, a usinagem é muito complicada e difícil. A dureza RC46 do material na escala Rockwell “C” é maior do que as das ferramentas e brocas comercializadas de forma que, se as usarmos na usinagem do Neodímio, elas se aquecerão e se danificarão. Ferramentas diamantadas, máquinas de eletro erosão e abrasivos são as ferramentas preferidas para dar forma ao Neodímio. A usinagem de ímãs de Neodímio somente pode ser praticada por operadores experientes que tenham familiaridade com os riscos envolvidos. O calor gerado durante o “desbaste” pode desmagnetizar o ímã e inclusive causar fogo. O pó produzido durante a usinagem dos ímãs de Neodímio também é inflamável e grande cuidado deve ser tomado para evitar a combustão do material.

Ímãs de Neodímio podem ser soldados?

Definitivamente não se podem soldar ímãs de Neodímio! O calor gerado no processo desmagnetiza os ímãs e pode ocasionar um incêndio.

Os ímãs de Neodímio são sensíveis à temperatura?

Sim, os ímãs de Neodímio-Ferro-Boro são muito sensíveis ao calor! Se um ímã de Neodímio for aquecido acima de sua máxima temperatura de operação (80°C (ou 176°F) para os ímãs standard) ele perderá de maneira permanente ou irreversível uma parte de sua “força magnética”.  Se um ímã for aquecido acima da sua Temperatura Curie (310°C (ou 590°F) para os ímãs standard), perderão todas as suas propriedades magnéticas. Diferentes graus de ímãs de Neodímio possuem diferentes temperaturas de operação e diferentes Temperaturas Curie. Veja tabela acima.

Qual é o verdadeiro valor em Gauss de um ímã?

Depende do contexto em que está sendo utilizado. Por exemplo, as pessoas que trabalham com magneto terapia preferem apresentar o maior número possível, assim, elas normalmente utilizam a “Densidade de Fluxo residual” (Brmax) do material que na verdade não diz muito sobre o ímã em questão! Esse valor é “essencialmente” a densidade de fluxo magnético dentro do material magnético (ímã). Já que você nunca estará dentro do ímã ou nunca utilizará o campo interno do ímã, este valor realmente não tem nenhum valor prático. O campo magnético medido na superfície é a medida mais precisa para a especificação de um ímã. O campo medido na superfície é exatamente o que ele quer dizer: é a densidade de campo magnético na superfície do ímã, como a medida com um Gauss Meter.

As tabelas abaixo mostram a força aproximada e o número de Gauss medido na superfície de vários tipos de ímãs de neodímio.

Discos de Neodímio x Força Magnética x Campo Magnético

Grau do ÍmãDiâmetro do ÍmãAltura do ÍmãCampo Magnético Aproximado no centro do ÍmãForça de Atração Aproximada do Ímã
mmmmGaussKg
N3551,53.1001
N4251,53.4001,2
N351222.0001,4
N3522104.20014
N3560102.00038

Blocos de Neodímio x Força Magnética x Campo Magnético

Grau do ÍmãComprimento do ÍmãLargura do ÍmãAltura do ÍmãCampo Magnético Aproximado no centro do ÍmãForça de Atração Aproximada do Ímã
mmmmmmGaussKg
N3520423.1001,1
N354020103.50021
N35505012,72.60050
N355050254.200103

Anéis de Neodímio x Força Magnética x Campo Magnético

Grau do ÍmãDiâmetro Externo do ÍmãDiâmetro Interno do ÍmãAltura do ÍmãForça de Atração Aproximada do Ímã
mmmmmmKg
N3512621,3
N3515432,9
N3572421561

Os ímãs de Neodímio perdem sua força com o tempo?

Muito pouco, ou quase nada, na prática. Os ímãs de Neodímio são os ímãs mais fortes e “mais permanentes” que existem. Se não forem fisicamente danificados, os ímãs de neodímio perdem no máximo 1% de sua força num período de 10 anos. Ou seja, a perda de força magnética de um ímã de Neodímio é imperceptível, a não ser que se consiga mensurar o efeito através da utilização de um Gauss Meter de alta sensibilidade. Os ímãs também não perderão sua capacidade ou força magnética, mesmo que estejam atuando em posição de repulsão ou atração com outros ímãs por longos períodos de tempo. Eventualmente, se os ímãs de Neodímio forem expostos a altas temperaturas em aplicações de repulsão, poderia ocorrer alguma perda de seu poder magnético.

Onde são usados os ímãs de Neodímio?

Os ímãs de Neodímio são usados em tantas aplicações que você nem imagina.• Grades Magnéticas para a separação de impurezas ferrosas de açúcar, café, areia, sal, chocolate, etc.
• Separadores Magnéticos Suspensos para cerâmica, reciclagem, mineração, cana de açúcar, cimento, grãos, sucatas, etc
• Levantadores Magnéticos Manuais para o transporte de blocos, moldes, chapas, retalhos de aço, etc
• Levantadores Eletropermanentes para o transporte de chapas, billets, bobinas de aço, etc
• Placas Magnéticas para fixação de peças em furadeiras, CNCs, fresadoras, tornos, etc
• Placas eletropermanentes para a mesma aplicação;
• Outros dispositivos de fixação magnética. Veja mais detalhes neste site.

Os ímãs de Neodímio atendem às normas RoHS (“Restrictions on the use Of Hazardous Substances”)?

Sim, os ímãs de Neodímio estão 100% de acordo com a RoHS, atendendo às normas do Parlamento Europeu denominada (RoHS). Esta diretiva proíbe o uso dos seguintes elementos nos equipamentos elétricos e eletrônicos vendidos após 07/01/206: Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Mercúrio (Hg), Cromo Hexavalente Cr(VI)), PBBs e PBDEs.

Pode-se aumentar a força de um determinado ímã?

Não, uma vez que o ímã esteja completamente magnetizado (ou saturado magneticamente), ele não pode se tornar mais forte do que já é.

Preciso de um ímã do tamanho de uma moeda? Qual moeda?

Veja abaixo o tamanho das moedas de Real (R$) e cujos ímãs podem ser fabricados nas medidas correspondentes:

MoedaDiâmetroPesoAlturaForça de Atração Aproximada de ímã de Neodímio N35 de dimensãoequivalente
mmmmmmKg
1 centavo17,002,431,651,9
5 centavos22,004,101,652,3
10 centavos20,004,802,232,8
25 centavos25,007,552,253,8
50 centavos (1998 a 2001)23,009,252,854,3
50 centavo (2002 em diante)23,006,802,854,3
1 Real(1998 a 2001)27,007,841,953,5
1 Real(2002 em diante)27,007,001,953,5

Qual é a diferença entre a máxima temperatura de operação e a temperatura Curie de um ímã?

A máxima temperatura de operação de um imã permanente é a máxima temperatura a que o ímã pode ser sujeitado continuamente sem que ocorram perdas significativas de suas propriedades magnéticas. Isto é, 80ºC (176ºF) para os graus standard de Neodímios. A temperatura Curie é a temperatura em que o ímã se torna permanentemente desmagnetizado, 310ºC (590ºF) para os graus standard de Neodímios. Os graus de alta temperatura possuem maiores temperaturas máximas de operação assim como maiores temperaturas Curie. Em temperaturas entre estes dois pontos, o ímã perderá de maneira permanente uma porção ou parte de suas características magnéticas. Quanto maior a temperatura a que o imã for submetido, maior a perda magnética.

Quão forte campo magnético é necessário para magnetizar um ímã de neodímio?

Como regra genérica um pico de campo magnético de 2 a 2,5 vezes a coercitividade intrínseca é necessário para a saturação do ímã de Neodímio. Para os ímãs de Neodímio standard, o mínimo campo magnético requerido é de 24 KOe, mas 30 KOe é normalmente o mínimo utilizado.

Como se separam 2 ímãs de grandes dimensões?

Os pequenos e médios ímãs de Neodímio normalmente podem ser separados com as próprias mãos, deslizando-se um ímã contra o outro. Ímãs um pouco maiores podem ser separados um do outro, sempre os deslizando pelas suas superfícies, com apoio de uma mesa de madeira ou outro material que não aço. Importante notar que uma vez separados, os ímãs tendem a se atrair de volta, causando eventuais acidentes que podem machucar as mãos. Os ímãs, às vezes, atraem-se com tanta força que se chocam fortemente, lascando-se e soltando pedaços. Ou seja, o manuseio de ímãs de Neodímio a partir de certo tamanho deve ser feito com muito, muito, cuidado. O campo magnético é invisível e os acidentes acontecem por descuido. Para ímãs muito grandes (Ex.: 50x50x25mm), ferramentas especiais devem ser utilizadas.

Como retirar aquela camada de pó de ferro que normalmente tende a se acumular na superfície dos ímãs (especialmente nos ímãs de Neodímio)?

A maneira mais fácil de remover partículas ferrosas retidas na superfície do ímã é a utilização de fita adesiva.

Existe alguma norma específica para o transporte de ímãs?

A norma Americana (United States Department of Transportation and the Office of Hazardous Materials Safety), mais utilizada, define que o limite para a expedição de ímãs via aérea é de um campo magnético máximo de 0.00525 Gauss, campo magnético este que deve ser medido a 4,5 metros de distância de qualquer ponto da parte externa da embalagem. Não existem restrições para o transporte de ímãs por terra. Ou seja, na dúvida, envie os ímãs por transporte terrestre.

Porque os ímãs de Neodímio são normalmente revestidos?

Os ímãs de Neodímio são na sua maioria compostos de Neodímio, Ferro e Boro. Se os ímãs não forem revestidos, o ferro contido na liga se oxidará muito facilmente se exposto ao ar ou fluidos. Mesmo a umidade natural do ar já é suficiente “para que a ferrugem apareça”. A fim de se proteger o ferro contido à oxidação, os ímãs de Neodímio são metalizados ou revestidos.

Qual a diferença entre os diferentes tipos de metalização e revestimento?

A escolha de diferentes tipos de revestimento não afeta a performance magnética dos ímãs de Neodímio, exceto nos casos de emborrachamento ou revestimento plástico. O revestimento preferencial se dá em função da aplicação. A vasta maioria das aplicações utiliza os ímãs de Neodímio revestidos (zincados ou niquelados).O Níquel é a opção mais comum para o revestimento de ímãs de Neodímio. Normalmente se utiliza revestimento triplo ou, alternativamente, níquel-cobre-níquel. O acabamento da superfície niquelada é esteticamente superior, uma vez que a superfície é brilhante e “prateada”. Tem boa resistência à corrosão. Não é à prova d´água!O Zinco tem uma aparência menos atrativa, sendo fosco e aparentemente mais áspero, sendo mais susceptível à corrosão que o níquel. Além disso, os ímãs zincados podem deixar resíduos nas mãos e em outros materiais.O Epoxi é praticamente um revestimento plástico que possui maior resistência à corrosão, desde que o revestimento esteja intacto.O revestimento de Neodímio em Ouro é utilizado sobre a camada de níquel. Os ímãs revestidos em ouro têm as mesmas características dos ímãs niquelados, mas com acabamento “dourado”.

Pode-se pintar a superfície já revestida de um ímã de Neodímio?

Sim, pode-se utilizar qualquer tinta para superfícies metálicas. A utilização de spray aparentemente funciona melhor. Recomenda-se, para melhor aderência à superfície niquelada, que a superfície seja levemente desbastada para acabamento mais “áspero”. Jateamento funciona bem, assim como o uso de um primer antes da pintura.

Qual a espessura do revestimento de níquel (ou Ni-Cu-Ni)?

Usualmente as espessuras das 3 camadas são de: Ni: 5-6µm, Cu: 7-8µm, Ni: 5-6µm, para uma espessura total de 17-20µm.

Qual é o melhor adesivo para se utilizar com ímãs?

Muitos clientes tiveram grande êxito na adesão à superfície niquelada utilizando Loctite 39205 (um adesivo acrílico) com acelerador Loctite 7380. Ou Loctite 3032 (um adesivo acrílico duplo) com Loctite primer 770. Muitos outros adesivos mais comuns, como o epoxy comumente encontrado em lojas de materiais de construção, também funcionam bem com os ímãs de Neodímio revestidos. Aconselha-se o uso de uma lixa ou outro abrasivo, riscando-se levemente a superfície do ímã, antes da aplicação do adesivo.

Os ímãs revestidos de plástico ou de borracha, se testados, tem uma menor força de atração que outros, de igual dimensão, mas que sejam apenas niquelados ou zincados. Porque?

Plástico ou borracha não tornam os ímãs mais fracos. O que ocorre é que o volume de material magnético contido dentro dos revestimentos de borracha ou plástico é menor quando comparado a ímãs niquelados ou zincados de mesmas dimensões externas. Além disso, a “camada” de material plástico ou borracha cria um “gap” entre o ímã e a superfície metálica, diminuindo a força de atração magnética.

Como evitar que os ímãs de Neodímio se danifiquem com o impacto?

Uma maneira simples de proteger os ímãs contra o impacto com outros ímãs ou superfícies metálicas e duras é enrolando-os com uma ou mais camadas de fita adesiva. Outra ótima forma de proteger os ímãs de danos mecânicos e de evitar que eles danifiquem outras superfícies é através do emborrachamento dos mesmos. O revestimento dos ímãs com uma camada de borracha pode ser feito facilmente, através do uso de material adequado facilmente encontrado no mercado. Primeiro reveste-se um dos lados, utilizando-se um parafuso, por exemplo, para mergulhar o lado oposto do ímã no líquido/borracha. Uma vez “emborrachada” a metade do ímã, troca-se a posição do parafuso e emborracha-se o outro lado.

Quais são os menores Neodímios e os maiores Neodímios que existem no Mercado?

Os limites dimensionais para a fabricação de ímãs de Neodímio são estes:• Máximo de 2″ na direção da magnetização
• Máximo de 4” no diâmetro de discos e anéis de Neodímio
• Máximo de 4” no comprimento e largura para os blocos de Neodímio
• Mínimo de 1/32” para a espessura de qualquer ímã de Neodímio
• Mínimo de 1/16” de diâmetro externo
• Mínimo de 1/16” de diâmetro para qualquer furo

Há alguma recomendação especial em relação à saúde ou segurança em relação aos ímãs de Neodímio?

Não existem preocupações conhecidas em relação à exposição a campos magnéticos. Na verdade, muitas pessoas acreditam no poder curativo dos ímãs. Pode haver problemas com portadores de marca-passos e outros dispositivos, mas por não sermos especialistas, preferimos não fornecer mais informações em relação a este assunto específico. O fato é que o campo magnético de um ímã é fortíssimo a contato, mas praticamente zero a uma distância de 1 metro, por exemplo.Exemplo: tomemos um disco de Neodímio de 22x10mm de grau N35. O campo magnético a contato é da ordem de 4000 Gauss. Mas a uma distância de 30mm, o campo magnético é praticamente nulo. Veja curva abaixo, que mostra a variação do número de Gauss na superfície do disco de Neodímio em função da distância:

Quanto à segurança, o maior problema é no manuseio dos ímãs, conforme já mencionado. Sugere-se o uso de óculos para o manuseio de ímãs de Neodímio. Caso os ímãs se choquem e se quebrem liberando lascas, os olhos estarão protegidos. Deve-se evitar que crianças tenham contato com ímãs, principalmente pelo perigo de ingeri-los.

O forte campo magnético dos ímãs de Neodímio pode também danificar “mídias”, tais como cartões de crédito, flopp disks, cartões de identificação, etc. Os ímãs podem também danificar aparelhos de televisão, monitores, etc. Aconselha-se nunca aproximar ímãs de Neodímio de aparelhos eletrônicos.

Os ímãs de Neodímio perderão suas propriedades se aquecidos acima de 80°C.

Os ímãs de Neodímio nunca devem ser queimados, pois gerarão fumaças tóxicas.

Assim como uma ferramenta ou brinquedo, os ímãs de Neodímio podem ser muito divertidos e úteis, mas devem ser manuseados e tratados com cuidado.

Qual é a distância segura que se devem manter os ímãs de marca-passos?

Como já mencionado, a proximidade com ímãs de Neodímio pode causar problemas com portadores de marca-passos e outros dispositivos, mas por não sermos especialistas, preferimos não fornecer mais informações em relação a este assunto específico. Na dúvida, evita-se! O fato é que o campo magnético de um ímã é fortíssimo a contato, mas praticamente zero a uma distância de 1 metro, por exemplo. Veja o gráfico acima.

Ímãs danificam Equipamentos eletroeletrônicos? 

Talvez. O forte campo magnético dos ímãs de Neodímio, especialmente, pode danificar discos, cartões de crédito, etc. Os ímãs de Neodímio podem também danificar televisores, monitores, etc. Para outros dispositivos eletrônicos, tais como IPods, celulares, calculadoras, etc que não contém mídia magnética, provavelmente os ímãs não causam danos. Mas o ideal é pecar por excesso, não aproximando os ímãs destes equipamentos.

Qual a distância a ser mantida entre ímãs e Equipamentos eletrônicos?

Esta resposta depende de muitos fatores, mas como regra de fácil memorização, recomenda-se manter-se o ímã de Neodímio distante dos aparelhos de 100mm + 25mm adicionais para cada 5Kg de força de atração do ímã em questão.Exemplo: se tomarmos um bloco de 40x20x10mm de Neodímio N35 (cuja força magnética de atração a contato é da ordem de 20Kg e o campo magnético na superfície de aproximadamente 3.500Gauss) a distância a ser respeitada é de 100mm + 25mm x 4 = 200mm. A 200mm de distância o campo magnético medido é praticamente zero. Deve-se sempre inserir um aviso de segurança para portadores de marca-passos em Produtos/Equipamentos que utilizam ímãs, Embora adoremos responder a questões técnicas que estão ao nosso alcance, especialmente se forem sobre ímãs permanentes, ímãs de Neodímio, equipamentos magnéticos, eletroímãs, ou sobre todos os produtos magnéticos que fabricamos, esta pergunta específica tem uma conotação Legal e não nos sentimos qualificados para respondê-la.Além disso, quando se fala em segurança, ela realmente depende da aplicação do produto que utiliza os ímãs, do tamanho dos ímãs, como os ímãs são utilizados no produto, etc.

Magnetoterapia. Quais ímãs são utilizados em Tratamentos de Magnetoterapia?

Uma vasta gama de ímãs pode ser utilizada na magnetoterapia. Desde pequenos discos de Neodímio até blocos maiores, dependendo do tamanho da área a ser tratada. O ideal é selecionar o tamanho do ímã em função do tamanho da área que se deseja atuar.

Quais ímãs devem ser utilizados no “tratamento de água”?

Os ímãs, na tubulação principal de água, devem ter de 1,5 a 2,5 vezes a dimensão do diâmetro externo do tubo. Ímãs maiores proverão um campo magnético ainda mais consistente. Para estas aplicações, recomenda-se o uso de blocos de Neodímio. O “condicionamento da água” é mais eficaz quando se utilizam 2 ímãs, um de cada lado do tubo, na posição de atração. Os dois ímãs, assim posicionados, criam o maior campo magnético possível entre eles.Antes de adquirir os ímãs aconselhamos que se busque literatura específica sobre o assunto, que não é de nossa especialidade.

Quais são os ímãs ideais para a fixação de fotos e papéis numa geladeira, por exemplo?

Existe uma enormidade de discos e bloquinhos de neodímio para esta aplicação. Sugerimos disquinhos de Neodímio de diâmetro10 por espessura de 2mm, por exemplo.

Os ímãs podem ser enviados num envelope pequeno a fim de se economizar no frete?

Não, ímãs não podem e não devem ser enviados em envelopes de papel. Os ímãs devem ser embalados em caixas a fim de se atender às normas específicas internacionais referentes ao transporte de materiais magnéticos. Especialmente se estivermos falando de ímãs de Neodímio. Claro que os ímãs que ainda estão desmagnetizados e que, portanto, não geram nenhum campo magnético, podem ser enviados sem problemas e sem preocupações.Normalmente, as caixas que contém grande quantidade de ímãs a serem enviados pelo correio, ou mesmo em embarques marítimos, possuem uma “blindagem” feita com chapas de aço. O campo magnético gerado pelos ímãs “fecha-se” dentro da caixa e não é “sentido” externamente.

Qual a diferença entre um ímã e um eletroímã?

Na verdade, tratam-se de coisas completamente diferentes. Um ímã é um material composto de diversas substâncias metálicas que formam uma liga. Cada liga tem propriedades magnéticas distintas e existem vários tipos de ímãs. O fato é que o ímã possui uma energia intrínseca e seu campo magnético é permanente. Por isso são chamados, redundantemente, de “ímãs permanentes”.Os eletroímãs são compostos de uma ou mais bobinas elétricas que, quando submetida(s) a uma tensão elétrica gera(m) um campo magnético. Interrompida a corrente elétrica, zera-se o campo magnético. Veja a definição típica de uma enciclopédia antiga:
.

Existe algum material que possa bloquear uma força magnética?


Nenhum material pode bloquear um campo magnético.
Chumbo definitivamente tem pouco ou nenhum efeito em campos magnéticos.
Se você quiser bloquear a “força” magnética, sua melhor opção é reencaminhar linhas de campo magnético (linhas de fluxo magnético) em torno do objeto que é sensível a essas linhas. Faça isso protegendo o objeto em um material com uma permeabilidade magnética muito maior dos materiais circundantes.

Glossário.

Eletroímã = Dispositivo que produz um campo magnético graças a um sistema de bobinas de núcleo de ferro que conduzem uma corrente elétrica. Um eletroímã é geralmente constituído por um circuito magnético de ferro doce, ou culatra, terminando em dois núcleos de formato especial, as peças polares, entre as quais se situa um entreferro estreito. A imantação é produzida por duas bobinas fixadas à culatra, próximo ao entreferro, que se torna então a sede de um campo magnético de indução.  Os eletroímãs de entreferro invariável são destinados à produção de campos muito intensos.  Nos eletroímãs de entreferro variável, utilizados como aparelhos de levantamento e como relés, o fechamento do circuito magnético é assegurado por uma armadura móvel, que é empurrada pela culatra quando as bobinas são excitadas, e que volta  a ser  afastada  (sob ação de seu peso, ou de uma mola)  quando  se  interrompe a corrente.
Glossário de Terminologias Magnéticas
Air Gap – Basicamente, é a distância externa de um polo do ímã até o outro, através de um material não magnético (Ex: ar).
Na prática, quando, por exemplo, se deve dimensionar um eletroímã para transporte de material ferroso, considera-se muito a presença do air gap. O valor de indução magnética e consequentemente da força de atração do equipamento magnético será máximo quando o contato carga/equipamento for perfeito, ou seja, quando não existir nenhum outro meio isolante (de fluxo magnético), tais como o ar, entre ambos. Esta é uma situação irreal em termos práticos. Na realidade existem sempre os entreferros que reduzem a capacidade efetiva de levantamento.

Entreferro ou Airgap = distância entre a superfície de trabalho do equipamento (expansão polar) e a parte com a qual o mesmo está interagindo (no caso a peça a ser içada) ou, “uma descontinuidade não magnética num circuito ferromagnético”.

Na prática entreferro ou airgap é justamente a espessura da camada de ar que existe entre a expansão polar (ou simplesmente pólo de um equipamento magnético, quando este for plano) e o material a ser transportado. Pelo fato de o entreferro sempre existir nos casos reais e levando-se em conta que é um fator de grande influência na operação, deve-se SEMPRE medi-lo e considerá-lo na especificação de levantadores magnéticos e eletroímãs.
Anisotrópicos – Materiais que possuem uma direção de magnetização preferencial. Estes materiais são fabricados com a influência de um forte campo magnético e somente podem ser magnetizados através de um eixo preferencial. Ímãs de Neodímio (Neodímio-Ferro-Boro) e ímãs de Samário (Samário-Cobalto) são anisotrópicos. Obs.: Os ímãs flexíveis de geladeira não são anisotrópicos (são isotrópicos).
BHmax (Máximo Produto Energético) –  é a intensidade de fluxo magnético no ponto de máximo produto energético de um material magnético. A intensidade de campo de um material magnético completamente saturado (=magnetização máxima que pode alcançar) medida em Mega Gauss Oersteds, MGOe.
Brmax (Indução Residual) – também chamada de “Indução Residual” (indução magnética residual). É a indução magnética remanescente num material magnético saturado, depois que o campo magnético foi removido. Este é o ponto no qual a curva de histerese cruza o eixo B com força de magnetização zero e representa o máximo fluxo magnético de um determinado material magnético. Por definição, este ponto ocorre com air gap zero e, portanto, não pode ser “visto” no uso prático de materiais magnéticos.
Caminho de Retorno – elementos condutores num circuito magnético que provém um caminho de baixa relutância para o fluxo magnético.

Campo Magnético (B) – Quando especificamos em nosso site, o campo magnético superficial ou o campo magnético, referimo-nos à intensidade deste campo em Gauss. Para discos e cilindros magnetizados axialmente, o campo magnético é especificado na superfície do ímã, no eixo central de magnetização. Para anéis, você pode encontrar 2 valores para o campo magnético.  By,center especifica a componente vertical do campo magnético no ar no centro do anel. By,ring especifica a componente vertical do campo magnético na superfície do ímã, na metade do caminho entre o diâmetro interno e o diâmetro externo.

Campo Superficial (Gauss Superficial) – é a intensidade de campo magnético na superfície do ímã como a medida por um Gauss Meter (medidor de campo magnético, às vezes chamado de gaussímetro). Veja tabela indicativa nesta página que mostra o campo magnético superficial de alguns ímãs de Neodímio que utilizamos.

C.G.S. (centímetro-grama-segundo) – é o sistema de unidades físicas que precedeu o S.I. (Sistema Internacional de Unidades). Apesar da tendência de se utilizar o S.I. o C.G.S. ainda é muito usado.

Circuito Magnético – Consiste de todos os elementos, incluindo air gaps e materiais não magnéticos, nos quais “viaja” o fluxo magnético de um ímã, iniciando-se no polo norte em direção ao polo sul. Na prática, dizemos que uma placa magnética, por exemplo, tem um determinado circuito magnético. Dependendo de como ela é construída, ou seja, do seu circuito magnético, a placa magnética pode ser mais fraca, mas forte, mais eficiente para segurar peças pequenas, etc.

Abaixo, segue exemplo de um circuito magnético típico de um equipamento eletropermanente (levantador magnético eletropermanente) utilizado no transporte de chapas de aço:

Circuito Magnético “típico” de Levantador Magnético Eletropermanente

1- Pólos magnéticos ou expansões polares;
2- Ímãs não inversíveis (ou estáticos) de ferrite;
3- Ímãs inversíveis de Alnico;
4- Carga ferrosa;
5- Solenoide elétrico (ou bobina).

Coeficiente de Permeância (Pc) – também chamada de linha de carga ou B/H é a linha na Curva de Desmagnetização aonde um determinado ímã opera. O valor depende tanto da forma quanto do ambiente que o rodeia. Em termos práticos, é um número que define a dificuldade das linhas de campo magnético de irem do polo norte ao polo sul de um ímã permanente. Um ímã cilíndrico “alto” (Ex: 6mm de diâmetro x 20mm de altura), por exemplo, terá um alto Pc, enquanto um ímã cilíndrico “curto” ou “baixo” (Ex: 6mm de diâmetro x 1mm de altura), terá um baixo Pc.

Coeficiente de Temperatura – fator utilizado para calcular a diminuição do fluxo magnético correspondente ao aumento da temperatura a que o ímã é submetido. A perda de fluxo magnético causada pelo aumento da temperatura é recuperada quando a temperatura de operação diminui.

Coeficiente Reversível de Temperatura – a medida das alterações reversíveis no fluxo magnético de um ímã, causadas pelas variações de temperatura.

Curva B/H – é a curva resultante da plotagem do valor do campo magnético (H) que é aplicado contra a densidade de fluxo resultante (B) conseguida. Esta curva descreve as qualidades de qualquer material magnético.

Curva de Desmagnetização – o segundo quadrante da curva de histerese, genericamente descrevendo o comportamento das características magnéticas no uso efetivo. Também conhecida como curva B-H.

Curva de Histerese – é a plotagem da força magnetizante (força de magnetização) versus magnetização resultante (também chamada de curva B/H) de um material enquanto é sucessivamente magnetizado até sua saturação (magnética), desmagnetizado, magnetizado na direção oposta e finalmente remagnetizado. Através de ciclos contínuos, esta plotagem (curva) será um “loop” fechado que completamente descreve as características do material magnético. O tamanho e forma desta curva são importantes tanto para os materiais duros quanto moles (hard and soft materials, do inglês, respectivamente). Nos materiais soft, que são normalmente utilizados em circuitos alternados, a área interna da curva deve ser o mais “fina” possível (é a medida de perda de energia). Mas nos materiais hard, quanto mais “gorda” a curva mais forte o ímã será.  O primeiro quadrante da curva (ou seja, +X e +Y) é chamado de curva de magnetização. É de grande interesse, pois mostra a intensidade da força magnetizante que deve ser aplicada para saturar o ímã. O segundo quadrante (+X e –Y) é chamado de Curva de desmagnetização.

Curva de Magnetização – a primeira porção do quadrante do loop da curva de histerese (B/H) de um determinado material magnético.

Dimensões – é o tamanho físico de um ímã, incluindo revestimento, se houver.  Os ímãs de Neodímio, por exemplo, são normalmente niquelados ou zincados. Veja mais informações sobre o revestimento de ímãs de neodímio neste site.

Densidade de Fluxo Magnético – linhas de fluxo por unidade de área, usualmente medida em Gauss (C.G.S.). Uma linha de fluxo magnético por centímetro quadrado é um Maxwell.

Densidade de Fluxo Residual (Brmax) – também chamada de “Indução Residual” (indução magnética residual). É a indução magnética remanescente num material magnético saturado, depois que o campo magnético foi removido. Este é o ponto no qual a curva de histerese cruza o eixo B com força de magnetização zero e representa o máximo fluxo magnético de um determinado material magnético. Por definição, este ponto ocorre com air gap zero e, portanto, não pode ser “visto” no uso prático de materiais magnéticos.

Eletroímã – poderia ser considerado como um ímã que consiste de um solenoide (bobina) com um núcleo de ferro, que “possui” campo magnético apenas durante o tempo em que uma corrente elétrica atravessa o enrolamento (da bobina ou solenoide). Por isso chamamos os ímãs de “ímãs permanentes”: pois a força magnética é permanente e inerente às suas propriedades intrínsecas. Eletroímãs geram campos magnéticos apenas enquanto estão “ligados” a uma fonte de energia elétrica (em tensão contínua). Assim, ímãs e eletroímãs, que muitas vezes são confundidos como sendo a mesma coisa são, na verdade completamente diferentes. A única similaridade entre um ímã e um eletroímã é que ambos possuem/geram um campo magnético.

Estabilização – é o processo de exposição de um ímã permanente (ou dispositivo magnético) a elevadas temperaturas ou campo magnético externo a fim de desmagnetiza-lo a níveis predeterminados. Feito isto, o ímã não sofrerá mais degradação quando exposto novamente a aquele nível de influência de desmagnetização (temperatura ou campo magnético).

Força Coercitiva – é a força desmagnetizante, medida Oersteds, necessária para reduzir a indução observada, B, a zero, depois que o ímã foi levado à saturação magnética máxima.

Força Coercitiva Intrínseca (Hci) – Indica a resistência do material à desmagnetização. É igual à força de desmagnetização que reduz a indução intrínseca do material, Bi, a zero, depois que foi magnetizado até a saturação; medida em Oersteds.

Força de Destacamento (Pull Force, do inglês) – não encontramos um termo exato para definir “pull force”. A força de destacamento, como nós julgamos ser a melhor forma de tradução, é a força perpendicular à superfície necessária para puxar (destacar, soltar) um ímã aderido a uma chapa de aço plana.

Força de Magnetização (H) – é a força magneto motriz por unidade de comprimento do ímã, medida em Oersteds (C.G.S.) ou ampere-espiras por metro (S.I.).

Força Desmagnetizante (Força de Desmagnetização) – é a força de magnetização aplicada na direção oposta à força magnética usada na magnetização do ímã. Choques, vibrações e temperatura podem também ser consideradas forças de desmagnetizantes (forças de desmagnetização).

Força Magneto Motriz (F or mmf) – a diferença de potencial magnético entre 2 pontos quaisquer. A força magneto motriz é análoga à voltagem nos circuitos elétricos. É aquela que tende a produzir um campo magnético. Comumente produzida por uma corrente elétrica fluindo através de uma bobina de fio. Medida em Gilberts (C.G.S.) ou Ampere Espiras (S.I.).

Fluxo Magnético – é um conceito imaginário, mas mensurável, que foi desenvolvido numa tentativa descrever o “fluxo” de um campo magnético. Quando a indução magnética, B, é uniformemente distribuída e é normal à área, A, o fluxo, Ø = BA.

Gauss – Unidade de indução magnética, B. Linhas de fluxo magnético por centímetro quadrado no sistema C.G.S. Equivalente a linhas por polegada quadrada no Sistema Inglês e Webers por metro quadrado ou Tesla no Sistema S.I.

Gauss meter (Medidor de Gauss ou Gauss Meter) – é um instrumento usado para medir o valor instantâneo da indução magnética B, normalmente medida em Gauss (C.G.S.).

Grau do Material (Material Grade) – os ímãs de Neodímio (NdFeB) são classificados ou graduados pelo material magnético dos quais são feitos. De maneira genérica, quanto mais alta o grau do material, mais forte o ímã. Falando de Neodímios, eles são classificados em graus que vão de N27 a N52. Veja tabela nesta página. O limite TEÓRICO para o grau de um ímã de Neodímio é o N64! Os ímãs que comumente estocamos têm graus variando entre N35 e N50. O grau de Neodímio mais forte hoje comercialmente fabricado é o N52. Os Neodímios N50, por exemplo, são utilizados na fabricação de tubos magnéticos especiais (utilizados nas grades magnéticas automáticas) que chegam a 12.000 Gauss (na superfície do tubo). As grades magnéticas feitas com Neodímio N50 são utilizadas na separação de impurezas de ferro contidas açúcar, antes da embalagem do produto nas usinas.

Grade Magnética 10.000Gauss e Tubo Magnético 10.000 Gauss

Gilbert – é a unidade de força magneto motriz, F, no Sistema C.G.S.

Ímã (=magneto, magnet em inglês, magnete em italiano, iman em espanhol) – um ímã é um objeto feito de certos materiais que cria um campo magnético constante. Cada ima tem pelo menos um polo norte e um polo sul. Por convenção, dizemos que as linhas magnéticas saem do polo norte do ímã e entram no polo sul do mesmo ímã. Este é um exemplo de um dipolo magnético (“di” significa 2, ou seja, 2 polos).

Se você pegar uma barra de ímã e quebra-la em 2 pedaços, cada pedaço terá novamente um polo sul e um polo norte. Se você pegar os pedaços e novamente quebra-los, terá então 4 ímãs, cada um com 1 polo sul e um polo norte. Não importa quantas vezes você dividir o imã em pedaços, cada um dos imãs resultantes terá um polo sul e um polo norte.

Ainda não foi mostrado ser possível terminar este processo (de quebrar sucessivamente um ímã em imas menores) e terminar chegando num único polo norte ou num único polo sul, o que seria um “monopolo” (“mono” significa um ou único, ou seja, um polo único).

Ímã Permanente (Permanent Magnet, em inglês) – é um ímã que retém o magnetismo depois de removido de um campo magnético. Um ímã permanente está sempre “ligado”. Os ímãs de Neodímio são ímãs permanentes.

Indução, (B) – é o fluxo magnético por unidade de área numa secção normal à direção do fluxo. Medido em Gauss, no Sistema C.G.S. de Unidades.

Indução Magnética (B) – O campo magnético induzido por uma intensidade de campo, H, num determinado ponto. É a soma vetorial, em cada ponto dentro da substância, da intensidade de campo magnético e a indução intrínseca resultante.  A Indução Magnética é o fluxo por unidade de área normal à direção do “caminho” magnético.

Indução Residual (Brmax) – também chamada de “Densidade de Fluxo Residual”. É a indução magnética que permanece num material magneticamente saturado após o campo magnético ter sido removido. Este é o ponto no qual a curva de histerese cruza o eixo B com força de magnetização zero e representa o máximo fluxo magnético de um determinado material magnético. Por definição, este ponto ocorre com air gap zero e, portanto, não pode ser “visto” no uso prático de materiais magnéticos.

Intensidade de Campo Magnético (H) – força de magnetização ou desmagnetização é a medida do vetor quantidade magnética que determina a habilidade de uma corrente elétrica, ou corpo magnético, de induzir um campo magnético num determinado ponto; medido em Oersteds.
Kilogauss – Um Kilogauss = 1.000 Gauss

Linha de Força Magnética – é uma linha imaginária num campo magnético, que, a cada ponto, tem a direção do fluxo magnético naquele ponto.

Material Ferromagnético – material que é uma fonte de fluxo magnético ou condutor de fluxo magnético. Qualquer material feromagnético deve possuir algum dos seguintes componentes: ferro, níquel ou cobalto.

Material Anisotrópico – material magnetizado através de “direção preferencial”. Também chamado de material orientado. É o oposto de um ímã isotrópico.

Material Isotrópico – material que pode ser magnetizado através de qualquer eixo ou direção ou material magneticamente não orientado. É o oposto de um ímã anisotrópico.

Materiais Paramagnéticos – são materiais que não são atraídos por campos magnéticos (madeira, plástico, alumínio, etc). Um material paramagnético é aquele que possui permeabilidade magnética pouco acima de 1.

Maxwell – Unidade de fluxo no sistema eletromagnético C.G.S. Um Maxwell é uma linha de fluxo magnético.

Máxima Temperatura de Operação (Tmax) (de um ímã permanente) – também conhecida como a máxima temperatura de serviço, é a temperatura à qual o ímã pode ser continuamente exposto sem apresentar instabilidade duradoura ou alterações estruturais.

Máximo Produto Energético (BHmax) –  é a intensidade de fluxo magnético no ponto de máximo produto energético de um material magnético. A intensidade de campo de um material magnético completamente saturado (=magnetização máxima que pode alcançar) medida em Mega Gauss Oersteds, MGOe.

Metalização/Revestimento – a maioria dos ímãs de Neodímio é metalizada ou revestida a fim de protegê-los da corrosão. Os ímãs de Neodímio são principalmente compostos de Neodímio, Ferro e Boro. O ferro contido nestes ímãs oxida-se facilmente se não for protegido do ambiente/atmosfera através de algum tipo de metalização ou revestimento. A maioria dos ímãs de Neodímio que temos em estoque para venda imediata é revestida com liga tripla de Ni-Cu-Ni (Níquel-Cobre-Níquel), mas outros são Zincados ou revestidos em Epoxi, plástico ou borracha.

MGOe – Mega (milhão) Gauss Oersteds. Unidade de medida tipicamente utilizada para definição do máximo produto energético de um determinado material magnético. Veja “Máximo Produto Energético”.

Oersted (Oe) – é a unidade do sistema C.G.S. para a força magnetizante ou força de magnetização. O sistema inglês equivalente é Ampere espira por polegada (1 Oersted equivale a 79.58 A/m). No sistema  S.I. é Ampere Espira por metro.

Orientação – o termo orientação magnética é utilizado para descrever a direção da magnetização de um material. É a direção na qual um ímã anisotrópico deve ser magnetizado a fim de atingir propriedades magnéticas máximas.

Perdas Irreversíveis (de um ímã permanente) – desmagnetização parcial de um ímã, causada pela exposição a altas ou baixas temperaturas, campos magnéticos externos, choques, vibrações ou outros fatores. As perdas irreversíveis de um ímã somente podem ser recuperadas através de nova magnetização ou remagnetização. Os ímãs podem ser estabilizados contra perdas irreversíveis através da desmagnetização parcial induzida através de ciclos de temperatura ou através de campos magnéticos externos.

Permeabilidade (µ) – é a relação da indução magnética de um material pela força magnética que a está produzindo. A permeabilidade magnética do/no vácuo (µo) é 4π×10-7 N/Amp2.

Permeabilidade Relativa – é a relação da permeabilidade do material em relação àquela do vácuo. No sistema C.G.S. a permeabilidade é igual a 1, por definição. A permeabilidade do ar, para propósitos práticos, é também igual a 1 no sistema C.G.S.

Permeância (P) – mede a facilidade com que o fluxo magnético passa ou atravessa um determinado material ou espaço. A permeância magnética é calculada dividindo-se o fluxo magnético pela força magneto motriz. A permeância magnética é recíproca à relutância magnética.

Peso – É o peso próprio de um determinado imã.

Polaridade – é a característica de um polo em particular numa particular localização de um ímã permanente. Diferencia o polo norte do polo sul de um ímã permanente.

Polo Magnético – Uma área onde as linhas de fluxo magnético são concentradas.

Polo Norte – o polo Norte de um ímã é aquele que é atraído pelo polo norte magnético da Terra. Este polo que busca o norte é identificado pela letra N. Por convenção, as linhas de fluxo magnético partem do polo norte em direção ao polo sul.

Polo Sul (South Pole do inglês) – O polo Sul de um ímã é o polo magnético que é atraído pelo polo Sul da Terra.  Este polo que busca o sul é identificado pela letra S. Por convenção universalmente aceita, as linhas de fluxo magnético partem do polo norte em direção ao polo sul.

Relutância (R) – é a medida da resistência relativa de um material à passagem de fluxo magnético. É calculada através da divisão da força magneto-motriz pelo fluxo magnético. A relutância magnética é recíproca à permeância magnética.

Remanência, (Bd) – é a indução magnética que permanece após a remoção de uma força magnetizante aplicada.

Saturação – a saturação magnética é um “estado” do material magnético (ímã) em que um incremento da força de magnetização não produz aumento na indução magnética deste material.

S.I. – abreviação de “Système International”. Refere-se ao SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (International Standard System of units).

Temperatura Curie (Tc) – a temperatura na qual um ímã perde todas as suas propriedades magnéticas. A perda das propriedades magnéticas, uma vez que a temperatura Curie seja atingida, é permanente.

Terra Rara – é o termo comumente utilizado para descrever materiais magnéticos de alta energia tais como NdFeB (Neodímio-Ferro-Boro) e SmCo (Samário-Cobalto). Mas, Terras Raras, é o nome dado a um conjunto de 17 elementos químicos da tabela periódica. A exceção do Escândio e do Ítrio, todos os outros são integrantes da série dos Lantanídeos. São eles: Escândio, Ítrio, Lantânio, Cério, Praseodímio, Neodímio, Promécio, Samário, Európio, Gadolínio, Térbio, Disprósio, Hólmio, Érbio, Túlio, Itérbio e Lutécio. A China é hoje o maior produtor dos minérios de Terras Raras (mais de 97% do mercado mundial!). Os minérios mais comuns que apresentam Terras Raras são: a monazite (como fonte importante de tório, lantânio, cério e samário), a bastnasite (cério, lantânio e ítrio), o xenótimo (na maior parte, é fonte de ítrio, mas, pode apresentar alguns vestígios de arsênio, cálcio, disprósio, érbio, térbio, tório, urânio, itérbio e zircônio) e a loparite (com maior parte constituída por cério).

Tmax (Máxima Temperatura de Operação de um ímã permanente) – também conhecida como a máxima temperatura de serviço, é a temperatura à qual o ímã pode ser continuamente exposto sem apresentar instabilidade duradoura ou alterações estruturais.

Tesla – Unidade do sistema S.I. para indução magnética (densidade de fluxo magnético). Um Tesla equivale a 10.000 Gauss.

Tolerância Dimensional – uma “permissão” definida numa faixa de variação, nas dimensões nominais de um ímã, incluindo eventual revestimento, pintura, etc. A tolerância do ímã é sempre definida para que se possa definir a o “desvio” nas imperfeições da fabricação.

Weber – Unidade do sistema S.I. para fluxo magnético total. É a unidade prática de fluxo magnético. É a quantidade de fluxo magnético que, “linkada” com uma relação uniforme com um circuito elétrico de uma espira durante o intervalo de um segundo, induzirá neste circuito uma força eletro motriz de 1 Volt.

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